29/09/2009

Marketing online na ESPM no Inovadores Digitais

Palestra para download – Marketing online – Como a evolução das mídias, tecnologias e consumo impactam os planos de marketing e de comunicação.

Deixo aqui, disponível para download, minha última palestra apresentada na ESPM, no Ações Inovadoras em Comunicação Digital

Quero agradecer ao Gil Giardelli pelo convite e, a atenção de todos que estiveram presentes;  além da apresentação, deixo no blog parte dos vídeos e duas sugestões bibliográficas.

Abraço a todos.

Cesar Pallares

Livros:    Marketing experimental e,   A Vaca Roxa

01/09/2009

nativos digitais, ligados a tudo, conectados a nada

Nativos digitais, ligados a tudo, conectados a nada e com alto déficit de atenção.

Pesquisadores buscavam descobrir o segredo da capacidade atribuída aos nativos digitais, em fazer várias tarefas ao mesmo tempo (prática conhecida como ‘multitasking’ em inglês) em mídias, mas descobriram, em vez disso, uma ampla incompetência.

Bill OneManBand

“Quem faz muita coisa ao mesmo tempo, como assistir ao YouTube, escrever um email e falar ao telefone, não faz nenhuma dessas coisas muito bem, segundo relatório da Universidade de Stanford divulgado nesta segunda-feira 24/09/2009.”

“Pessoas que fazem muito multitasking são muitos ruins em multitasking … Quanto mais você faz, pior você fica”, disse o professor de comunicações de Stanford Clifford Nass.

“Multitaskers’ compulsivos têm mais problemas para focar sua atenção, organizar informações e trocar de tarefas rapidamente, escreveram os pesquisadores da universidade.”

Após fazer testes com cerca de 100 estudantes da universidade, os cientistas concluíram que ‘multitaskers’ de mídia crônicos têm dificuldade para focar em uma coisa só e não conseguem ignorar informações irrelevantes.

Nass afirmou que a prática está se espalhando cada vez mais –alguns empregos exigem que trabalhadores mantenham uma janela de mensagens instantâneas sempre aberta– e os cientistas ficaram surpresos com os resultados da pesquisa.

“Sabíamos que o multitasking era difícil do ponto de vista cognitivo. Pensamos ‘Que tipo de habilidade especial é essa que as pessoas têm que permite que façam mil coisas ao mesmo tempo?’ … Ao invés de descobrir coisas que estavam fazendo melhor, descobrimos coisas que estavam fazendo pior”, disse o professor de sistemas simbólica da Universidade de Standford Eyal Ophir.

Veja matéria da Reuters. (Reportagem de Clare Baldwin)

Pois é, mais um desafio para o planejamento de comunicação.

01/08/2009

Saiba por que as redes sociais funcionam e estão longe de ser um modismo.

Redes sociais funcionam, vieram pra ficar e, existem há mais de 30 anos. Só mudou a plataforma. Quer ver?

PX“Alguém em QAP…. (QAP significa estar na escuta)

Toledo: QAP Cesar.

Cesar: E ai, já falou com todo mundo, marcou?

Toledo: já. 23h00 na frente do La Sorella QSL? (QSL significa “entendido”)

Cesar: ok QSL, estou indo pra lá

Toledo: não vou com meu carro, passa aqui e me pega ok?

Cesar: “ok, até logo mais”.

O “PX” foi uma febre no final dos anos 70 e início da década de 80, fazia exatamente o que as redes sociais baseadas na web se propõem a fazer nos dias de hoje, unir pessoas através de uma rede de compartilhamento e participação.

Era uma época onde não tínhamos celulares ou computadores, no máximo saquinhos de fichas telefônicas para ligar pra casa e ver se alguém tinha ligado ou deixado algum recado.

Com licenças de radioamador para PX e PY, tínhamos nossas redes. Nosso canal era o 11 e juntava toda a galera do Itaim e da Vila Olímpia.

Tinha outra galera no Brooklin que usavam o canal 7 e uma moçada lá pros lados da Augusta e Faria Lima que ficavam em outros canais.

Na curva da Iguatemi tinha a Roadstar, Casa do Radio Amador, local onde podíamos encontrar algumas pessoas de outros grupos da cidade. Algo parecido com um Congresso de Web, rsrs.

Os rádios instalados com sistema de gaveta nos carros também eram ligados em casa com transformadores e antenas fixas que eram mais potentes.

Tudo funcionava de maneira perfeita, quando eu saia da facu (PUC nas Perdizes) ligava meu PX que tinha um ganho a mais de potência feito por um colega eng. eletrônico. De lá, já conseguia falar com parte de meus amigos que estivessem em uma base fixa (em casa) com antenas melhores e amplificadores de potência.

Era meio assim, das Perdizes eu não conseguia ouvir meus colegas que estavam em seus carros, mas dava pra falar com o Toledinho em sua estação fixa com uma pequena bota de 5 kg (equipamento para aumento de potência odiado pela vizinhança, e proibido pelo DENTEL), aliás, acho que São Paulo inteiro escutava o Toledo.

Redes

Qual a semelhança ou equivalência entre essas redes? Vou dar alguns exemplos:

1 – O rádio PX unia um grande grupo de amigos.  As redes sociais via web também.

2 – Todos tinham algum interesse em comum. Nas redes sociais via web também.

3 – Todos se conheciam pessoalmente. Em muitas das redes sociais de sucesso também; ou se conhecem antes de formar a rede, ou depois.

Observe que toda grande plataforma para redes sociais via web, são formadas, na verdade, por inúmeras pequenas redes de amigos como o Orkut, Facebook, Linkedin, Myspace e por aí a fora.

4 – O PX nos aproximava no meio da semana, quando não estávamos juntos de maneira presencial, todo mundo ficava com os rádios ligados à noite. Nas redes via web, igualzinho, é você à noite, em casa, na net, lendo e mandando recados; isso se não estiver online no gmail, MSN, Facebook, Orkut, etc.

Poderia ficar uma noite inteira mostrando as semelhanças entre a geração PX e as novas gerações baseadas em redes sociais via web, mas não é o objetivo aqui.

Rede

O que deve ser considerado:

1. Redes sociais não são um fenômeno pós-web, existem há mais de 30 anos embora em outras plataformas: PXs, BBSs, ICQ, etc.

2. Tem o poder de unir pessoas em torno de interesses comuns.

3. Tem grande relevância na vida das pessoas.

4. O sucesso está baseado na ambiência que a rede oferece.

5. Não são um modismo (fato passageiro) já deixaram de ser uma tendência e pelo tempo que estão presentes devem ser consideradas como uma mega-tendência.

E ai? Ainda acha que as redes sociais não funcionam?

Para planejamento de midia online/offline click aqui

Para planejamento de marketing e comunicação online/offline click aqui

29/07/2009

A qualidade tem preço

Até onde o poder das negociações não comprometem a qualidade? Pense nisso quando estiver comprando uma especialidade e pensando em pagar por uma commodity.  Selecionar seus fornecedores ou a compra de produtos só pelo menor preço pode comprometer seus resultados finais, ou seja, a qualidade do que você compra, produz e entrega. Essa é uma lei imutável, na economia chamamos de curva de elasticidade, no popular… se esticar muito, a corda arrebenta.

A qualidade tem preço!

28/07/2009

AI – Arquitetura da Informação. Qual a sua dimensão ou, qual deveria ser?

Por que algumas ações on-line funcionam e outras não? Em parte por uma somatória de fatores como conteúdo, design, tecnologia, planejamento, criação, usabilidade, navegabilidade, etc. E de quem seria a responsabilidade dessa união e como fazer para que tudo funcione e atinja seus objetivos no ambiente on-line?

Parece uma pergunta simples, mas se assemelha a outra: por que em uma mesma Rua da Vila Olímpia alguns bares bombam e outros fecham? Alguns dizem que para isso não há respostas, discordo, em minha opinião é uma simples questão de ambiência.

Procurar o engajamento das pessoas na web ou fora dela, não é uma tarefa fácil e, pra piorar, muitos planejadores pensam produtos e não pessoas.

Pense pessoas; planejar uma ação ou um simples web-site sem ter em mente a realização das necessidades das pessoas é um bom caminho para não termos caminho algum.

Pense um pouco… Ser feliz é a maior de todas as necessidades humanas, as pessoas querem ser felizes, simples assim. Por isso que alguns bares bombam e outros não, “AMBIÊNCIA” que proporciona felicidade e satisfação.

four_2

Portanto, se você quer fazer algo na web que realmente funcione, ajude seu público a encontrar a tão sonhada felicidade. Ofereça aos outros o que você gostaria que fosse oferecido a você mesmo. Agora só falta decidir a quem cabe essa missão em planejar para que esse objetivo seja atingido. Será que serão os arquitetos da informação?