08/03/2009

Web Analytics – Privacidade na Internet ameaça análises e métricas.

interrogacaoO novo Internet Explorer IE8, ainda em versão beta, traz duas novas ferramentas que permite aos usuários visitar sites de maneira anônima e sem deixar rastros. Os recursos são: o InPrivate Navigation e o InPrivate Blocking.

A Navegação InPrivate, além de permitir a visita de maneira anônima, não permite que o browser seja identificado e transforma todos os cookies daquela visita.

Quanto ao Bloqueio InPrivate, é mais apurado e pode identificar dados de terceiros como os cookies que, caso identificados em outros sites, são automaticamente bloqueados.

Dessa maneira, qualquer pacote de análise de métricas, gratuito ou não, pode ser afetado comprometendo dados como o número de visitas novas únicas ou reincidentes.

A história é uma só: o Google oferece uma ferramenta gratuita de análise; seu concorrente, a Microsoft, oferece ao navegador mais popular do mundo recursos de privacidade. Só para lembrar, na batalha dos navegadores o próprio Google Chrome incluiu semelhantes ferramentas de privacidade.

Quanto ao seu IP que ainda acaba sendo fornecido, já existem diversas soluções gratuitas ou pagas. Você pode usar um Proxy anônimo oferecido por alguns provedores de banda ou outras soluções disponíveis como: a Toolnet.net, Proxify, Ninja Cloak ou o The Tor Project.

Em resumo, para o desespero dos analistas, nem bem foram assimiladas as maravilhas da web analytics e os internautas já contam com a alegria da privacidade.

Estamos vivendo um novo novo momento onde sugiro maior empenho no desenvolvimento da base (web-sites e ações) com base no bom e velho planejamento de marketing, agora, Marketing online.

Para: Roteiro completo – planejamento de mídia on-line off-line click aqui

Para: Planejamento de Marketing e Comunicação Digital click aqui

Faça download gratuito do e-book Web Analytics – Uma visão brasileira, do e-book O Marketing depois de amanhã e do primeiro manual com especificações técnicas e de boas práticas para a publicidade móvel. click aqui.

01/02/2009

Matriz de Comportamento nos planos de marketing

Matriz de Comportamento nos planos de marketing e comunicação

Para que serve uma Matriz de Comportamento? Você não acha que somos todos iguais né?!

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Difícil de ser montada, difícil de ser compreendida, não é algo que você faz da noite para o dia, nem mesmo em uma semana, leva tempo, demanda muita dedicação, estudo e muito trabalho.

Uma Matriz de Comportamento bem ajustada tem resultados avassaladores; sua aplicação em planos de marketing e comunicação pode mudar os destinos de uma empresa, de um negócio ou de um produto.

Acredito que seja pouco aplicada pela complexidade de seu desenvolvimento. Mas dedicar tempo e talento em seu desenvolvimento é algo que pode mudar um destino.

Longe das segmentações socioeconômicas ou demográficas, na Matriz de Comportamento identificamos os grupos por diversas variáveis como hábitos de consumo, atitudes pessoais, entre outros aspectos; isolamos e perfilamos essas variáveis dos diversos grupos e depois avaliamos as interseções para identificar padrões convergentes.

Como exemplo digamos que você tenha um grupo bem definido para o consumo de determinado produto, nessa base inicial, você identifica diversos padrões. Podemos ter um grupo bem definido com inclinação para os negócios, ou seja, em sua característica básica são negociadores.

Mas nesse grupo temos dois tipos de profissionais, os executivos e os comerciantes; um aspecto convergente e diversos divergentes. O próximo passo é identificar na Matriz outros pontos de convergência e de linguagem única para ambos.

Após essa identificação, temos uma nova base para o estudo sobre esses pontos de interseção e agregamos outros grupos que respondam a esses estímulos e representem um mesmo perfil frente a eles.

A partir de um sólido ponto de interseção temos a base para uma Matriz de Comportamento, ai é só identificar quais os grupos dentro do target que respondem a esse estímulo e fazer as devidas correlações com o composto de marketing, promocional e de comunicação.

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Julio Ribeiro, em seu livro “Fazer acontecer” de 1994, cita um exemplo de Matriz de Comportamento explorando as sensações de um determinado grupo.

Neste blog, na aba Radar 360 – no post “Vida de planejamento é assim” tem Um case onde eu mesmo usei e abusei das vantagens de se fazer uma Matriz de Comportamento.

Cesar Pallares – Especialista em planejamento e comportamento.

01/02/2009

Marketing Digital e Mídia online – uma revolução na publicidade.

As mídias digitais estão mudando os planos de mídia, isso é um fato.

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Para entender a atual revolução digital basta observar a evolução do comportamento social, as transformações por que passamos do feudalismo ao capitalismo, o impacto da Revolução Industrial na sociedade humana; Rever as teorias de Adam Smith e Frederick W. Taylor.

Parece meio piração dos primeiros anos de FEA na PUC-SP, mas não é não.

Se olharmos um pouco para a história e levarmos em conta a grande transformação social ocorrida a partir da Revolução Industrial, fica fácil compreender o atual estado de saturação da massificação.

Na Revolução Industrial: o volume de produção aumentou extraordinariamente, a produção de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populações passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fábricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua força de trabalho em troca de um salário.

A Revolução Industrial alterou completamente a maneira de viver das populações dos países que se industrializaram. As cidades atraíram os camponeses e artesãos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes.

O trabalho do operário era muito diferente do trabalho do camponês: tarefas monótonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanças incessantes.

A cada instante, surgiam novas máquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.

Assim chegamos à era do consumismo, a era da produção das massas para as massas.

É de Henry Ford, fundador da Ford Motor Company e primeiro empresário a aplicar a montagem em série de forma a produzir automóveis em massa, a célebre frase: “O cliente pode ter o carro da cor que quiser, contanto que seja preto”

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Ao compreender essa evolução, a proliferação de empresas e produtos a reboque da explosão demográfica mundial e, posteriormente, o desenvolvimento tecnológico aplicado a produção na busca de maior produtividade e menores custos afetando o equilíbrio entre oferta e demanda, chegamos a um grau de competitividade empresarial onde: atender novos consumidores com necessidades específicas e únicas deixou de ser uma tendência para se tornar uma questão de sobrevivência.

A massificação do conteúdo midiático seguiu os mesmos moldes da revolução industrial, muitos canais de comunicação, mas com pouco conteúdo, seguindo os mesmos padrões de produção em massa. De maneira impressionante podemos navegar por uma centena de canais de TV, sem nada encontrar.

É nesse cenário que as mídias digitais vêm ganhando força, não só pela infinidade de opções que graças aos buscadores podem ser selecionadas por interesse, mas, principalmente, pela liberdade e proliferação de conteúdo sob demanda.

Da mesma maneira que os camponeses migraram para as cidades, a nova sociedade digital migra para a internet. Os futuros consumidores de diversas empresas, muitas vezes chamados de “essa nova galerinha”, descobriram no controle remoto da TV um botão muito interessante, o do Power, e não é para ligar a TV, e sim para desligar.

Entre iPhone, iPod, iTunes, MP3, MP4, MP5…, Games, Internet, YouTube, Orkut, Skype, MSN, entre outras opções, para desespero dos mídias e dos anunciantes, essa galera não tem feito muito uso das mídias convencionais. Querem conteúdo e não encheção; e o que é pior, para a hora que julgarem mais conveniente, e não na hora da sua programação.

Hoje, não questionamos mais o impacto do digital no plano de mídia, isso já é coisa do passado. A questão agora é o impacto do digital nos planos de marketing e de comunicação.

Isso porque o Mundo mudou. Não somos mais todo mundo, somos um só.

30/01/2009

Para quem tem vantagem competitiva, não tem crise mundial.

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Entre as diversas disciplinas correlatas ao planejamento de marketing e, responsáveis pela previsibilidade dos movimentos mercadológicos, quero destacar a importância da “vantagem competitiva”.

Embora existam diversas definições sobre esse tema, prefiro a que a define como: uma competência única de uma empresa ou produto, que o torna superior aos seus concorrentes e que dificilmente será imitado, ao menos, em curto prazo. Muitas vezes essa vantagem está no processo, no produto ou agregada a ele.

Uma vez identificado um grupo de clientes, o qual deseje atender, a vantagem competitiva ou “diferencial competitivo” deve satisfazer a uma série de necessidades ou, uma necessidade específica desse grupo, de maneira mais competente que sua concorrência.

A Motorola desfrutou de uma grande vantagem competitiva em seus celulares quando patenteou o VibraCall® para seus aparelhos.

Quando a Sony lançou o Walkman® em abril de 1979, mudou o comportamento das pessoas, mudou os hábitos de ouvir música e distanciou-se de seus concorrentes.

A Pepsi de 1,5 lts – lançada em vasilhames de vidro com tampa de rosca feita em alumínio, era preferencialmente consumida em festas ou viagens, nessas ocasiões nada melhor do que dispensar a necessidade de um abridor de garrafas. Vantagem agregada ao produto, ou seja, fora dele, distante de seu benefício núcleo. Um produto revolucionário em sua categoria e época que trouxe vantagens frente a sua concorrente Coca-Cola.

Em resumo, previsibilidade dos movimentos mercadológicos no planejamento de marketing não é um exercício de futurologia, é um exercício de competência.

O estudo e a precisão na composição de diversos aspectos do marketing como: visão estratégica, posicionamento da marca e diferencial competitivo, entre outros, possibilita que algumas empresas se destaquem, prosperem e estejam à frente de seus concorrentes.

Diante da atual crise mundial alguém duvidaria da competência da indústria automobilística asiática frente à indústria americana? Basta olhar para uma Toyota e verificar suas inúmeras vantagens competitivas, em processos e produtos, para entender as razões pelas quais se tornou líder mundial.

General Motors e Ford são algumas das empresas que balançaram nesse último vendaval da economia mundial e só não foram à banca rota graças ao socorro governamental.

Para essas empresas que já sentiam o dissabor de uma simples brisa chamada “maturidade do consumidor” a previsibilidade do atual cenário não seria um exercício de futurologia, seria simplesmente um exercício de Marketing.

30/01/2009

lan houses e sua influência direta na mudança do comportamento social.

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O poder das lan houses na revolução digital e sua influência direta na mudança do comportamento social

Mídias Digitais. O poder das lan houses na revolução digital e sua influência direta na mudança do comportamento social.Os números apontam para uma revolução que pode ser vislumbrada nesse novo horizonte infinito de possibilidades.

Pesquisa: as lan houses em números

Para confirmar e ressaltar ainda mais o grande poder de inclusão digital que esses centros de acesso têm, Moncau, pesquisador representante da Fundação Getúlio Vargas, adiantou alguns dados de uma pesquisa ainda em andamento que procura entender o fenômeno das lans.

Em 2007, o acesso à internet a partir de lan houses ultrapassou o acesso doméstico: 49% contra 40% (Fonte: CGI – Comitê Gestor de Internet no Brasil).

Ainda segundo dados levantados pelo mesmo estudo, há mais lan houses (90 mil) do que livrarias (2.676) ou salas de cinema (2.300) no País. Entre elas, 100 estão na Favela da Rocinha, 30 na Cidade de Deus e 150 no Conjunto de Favelas da Maré, todas no Rio de Janeiro.

Campus Party discute o papel das lan houses na inclusão social. Veja matéria.

25/01/2009

Mídias digitais e a visão estratégica no lançamento de novos produtos

Em um post anterior, sobre uma palestra realizada em abril/2006 – falava sobre visão estratégica x visão míope e o posicionamento de empresas, marcas e produtos; nesse momento eu falava sobre a falência do relógio…

lg_relogio_celular_3g_2A LG apresentou na Coréia do Sul seu novo celular de pulso, o LG GD910. Ele é um celular 3G HSDPA com uma tela touchscreen colorida de 1.43″ e toca arquivos MP3, além de fazer conversão de textos TTS (Text to Speech).

Este celular também tem uma câmera de vídeo para tirar fotos e fazer gravações e chamadas em vídeo, e tem conectividade Bluetooth. Incrível né! Além de tudo, também é um relógio de pulso.

O novo aparelho da LG deve ser oficialmente lançado na Consumer Electronics Show (CES), em janeiro, em Las Vegas. CES 2009– Maior evento de eletrônicos do mundo.

O post – Quando o tempo não anda a seu favor – sobre a palestra – “A falência do relógio 04/2006” – terminava com as seguintes palavras:

“Finalmente pude concluir que: Ou os relógios de pulso passam a incorporar os celulares e outras funções ou, serei obrigado a abandonar tal peça antes que esta nova geração passe a me chamar de Tio.”…

agente-86Recebi muitas críticas por isso, mas sabia que era apenas uma questão de tempo.

Que mais tem por vir? Sei que é só imaginar…  E pensar que o povo rolava de rir ao ver o sapato-fone do agente Maxwell Smart

21/01/2009

Nova geografia digital nas estradas da fibra ótica.

fibra-oticaSem nenhum alarde ou propaganda, provedores de banda larga com sinais trafegando por fibra ótica, vão desenhando um novo painel de consumo e utilização das mídias digitais na cidade de São Paulo e, tudo isso, bem longe de empresas como Speedy ou Virtua.

Os Bairros do Brás e Bom Retiro, contam hoje com um serviço de banda larga por fibra ótica oferecido para o mercado empresarial.

Minha descoberta foi por acaso e por pura curiosidade quando vi no meio da madrugada alguns malucos esticando na rua um cabo esquisito; parando para conversar descobri esse serviço que eu nem imaginava existir naquela região.

Nesse caso, a empresa em questão é a iRápida Telecom que oferece serviço de altíssima qualidade e alto grau de desenvolvimento tecnológico exclusivamente para esses dois bairros de São Paulo.

Quem diria que empresários e lojistas do Brás e Bom Retiro já utilizam tecnologia de ponta para serviços como acesso a internet e Voip por uma empresa que nunca ouvi falar.

21/01/2009

Big Brother Brasil 9

O que já era ruim ficou ainda pior.

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Xeretando o BBB 9 pra ver como as coisas vão, coisa de publicitário mesmo, descobri que fizeram algumas mudanças.

Dividiram a casa ao meio e depois da grande burrada juntaram rapidinho, puseram quatro figuras numa bolha dentro de um shopping, tipo zoo. De cara essa atração ficou tão sem sal que até os Brothers estão desanimados.

Acho que se arrependimento matasse, ontem teria sido a missa de sétimo dia dos patrocinadores.

É nessa falta de conteúdo que as audiências caem e os comerciais de 30″ estão fadados à morte.

O que se salva de tal programação é garimpada na internet pelos novos consumidores, aquela moçada que amanhã será o principal target de inúmeras empresas.

Pior que matar a audiência jovem é querer, de quebra, acabar com a audiência adulta. Além do marasmo Big Brother e outras maldades da TV aberta, a Globo (como exemplo) empurrou toda a sua programação para a boca da madrugada. Jornal da Globo à 1h00 e Lost as 2h00. Ninguém merece.

Na outra via, a audiência dos canais pagos cresceu 61% nesta segunda-feira (19/01/2009), durante a exibição do capítulo de estréia da nova novela das 21h da Globo “Caminhos da Índia”, segundo dados do Ibope Grande São Paulo. Veja matéria no CCSP.

13/01/2009

Campus Party, uma semana inteira de tecnologia e internet.

Esse post é sobre a edição 2009 – para 2010 click aqui

De 19 a 25 de janeiro de 2009 acontece em São Paulo a 2ª edição brasileira do Campus Party, maior encontro mundial integrando tecnologia, conteúdos digitais e entretenimento em rede.

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Nesse evento, a cidade de São Paulo recebe milhares de internautas do Brasil e do mundo já que os participantes da Campus Party mudam-se com seus computadores, malas e barracas para dentro das instalações do evento.

05/12/2008

Como elaborar Planos de Marketing e Comunicação mais competitivos.

rssPara elaborar planos competitivos é fundamental que você esteja bem informado e atualizado.

Manter uma visão holística do Mercado, seja qual for a sua área, traz muitas vantagens e oportunidades, cria diferenciais.

Com as novas ferramentas digitais você pode fazer isso sem enlouquecer em meio a centenas de canais de informação, bombardeando a todos e, a todo o momento.

Basta ser um usuário de RSS, em minha opinião uma das mais fantásticas ferramentas da WEB.  Acesse um dos links abaixo e aprenda como usar essa ferramenta. Um leitor de RSS pode mudar a sua vida.

Caso você precise de um roteiro para a elaboração de um planejamento de marketing, no início deste blog, na aba “livros” deixei diversas indicações. Minha sugestão em especial fica para a obra de Malcolm Mcdonald. Muito bom mesmo, espero que atenda as suas necessidades.

http://reader.google.com http://www.netvibes.com http://www.bloglines.com

05/12/2008

Como montar um Plano de Negócios

A base de um Plano de Negócios deve vislumbrar dez questões essenciais:

sucessoO que a empresa vai fazer.

Qual problema vai resolver.

Quão grande é o mercado.

Quais as fontes de receita.

Qual a estratégia de lançamento.

Como buscar investidores.

Qual o montante de dinheiro necessário.

Como você se apresentará ao mercado.

Que tipo de pessoas vai precisar.

Quais os riscos gerais e tecnológicos.

Também é importante que o seu negócio não tente mudar a maneira de fazer as coisas ou, faça pequenas mudanças, seja sutil. Ninguém gosta muito de mudanças e elas sempre são mais difíceis de ser implantadas.

Como a pergunta é recorrente e essa não é minha área de especialidade, deixo como sugestão o portal SEBRAESP que tem um vasto material sobre o assunto.

Seja um empreendedor e boa sorte.

06/11/2008

Four Seasons Hotels and Resorts

Lugar dos sonhos de qualquer ser deste planeta, ou de outro qualquer.

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Como nem tudo é trabalho, ai vai minha sugestão para quem pretende fazer uma viagem neste final de ano.

Four Seasons é uma rede de hotéis e Resorts espalhados pelo mundo em locais como Bali, Istanbul, Alexandria, Hawaii, Malásia, entre outras localidades.

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Estou deixando dois links para quem quiser começar agora essa viagem, ao menos no virtual, cada localidade têm diversas imagens das instalações.

Comece por aqui – Bali at Sayan

Ou pelo link da Home, são mais de 80 localidades.

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03/11/2008

Entre o real e o virtual

Aproveitando que estou aqui no 25 Salão Internacional do Automóvel, a trabalho é claro, visitando um cliente, resolvi dar uma passada na sala de imprensa e deixar este post. Entre o virtual e o real, sobrou a experiência de ver algumas máquinas que não circulam pelas ruas de São Paulo, sobrou o inimaginável.

Para quem quiser conferir no virtual segue o link da feira, mas garanto que vale a pena vir à feira e conferir pessoalmente a beleza e sofisticação de alguns carros inimagináveis.

http://www.salaodoautomovel.com.br/home/index_pt.php

03/11/2008

A verdade está lá fora – Parte I

Alô… Com quem você quer falar?

No próximo dia 16 de novembro de 2008, a apresentadora Regina Casé traz para o Fantástico, uma reportagem sobre as lan-houses na periferia. Segundo a emissora, hoje já são mais de 90.000 espalhadas pelo Brasil e, essas mesmas lan-houses representam nada menos do que 50% dos acessos a Internet, acesse a matéria.

Pois é cara pálida, afinal, você sabe exatamente quem são todas essas pessoas do outro lado dessa linha digital?

Algumas pesquisas apontam significativo crescimento do acesso a Internet pelas classes C e D colocando o Brasil em uma posição privilegiada quanto à inclusão digital.

Sem querer chover no molhado, já sabemos de todas as maravilhas e benefícios da Internet. Nada mais justo que as classes menos favorecidas também tenham acesso às novas tecnologias. Não precisamos sequer abordar as questões culturais, basta citar que na internet uma pessoa provida de poucos recursos financeiros pode acessar um milhão de vitrines maravilhosas, olhar todos os produtos, saber o que se está usando sem ter que aturar algum vendedor chato questionando se você pode, quer ou deve comprar qualquer coisa que lá está.

A questão não é a inclusão, nem as lan-houses e muito menos a expansão digital por todas as camadas sociais; a questão é que cabe ao planejador saber exatamente não apenas quantos são, e sim, ou principalmente, quem são.

Como planejador e não como fã da série Arquivo X. costumo dizer: A verdade está lá fora.

Não confunda “IP” com “RG” para o seu “IP” não virar um “ET”.

03/11/2008

A verdade está lá fora – Parte II

Por favor, um pingado e um pão com manteiga na chapa. Ahh. capricha na manteiga tá.

Virou cool, virou moda.

Tenho observado alguns novos planejadores com um discurso meio antropologista engraçado: “tenho olhado mais as pessoas e o movimento nas ruas, as diversidades culturais, blá, blá, blá…” Belo discurso se esse olhar saísse um pouco dos jardins, se essas observações não ficassem centradas na Oscar Freire ou nos Shoppings Iguatemi ou Morumbi e chegassem, ao menos, até o Cangaíba; quem sabe, até uma visão mais ampla, saindo do Jardim Reni indo até o Jardim Progresso, ai sim, você passa a entender um pouco da nossa diversidade.

Essa é a vida de um planejador, não da pra fazer planejamento dentro de uma caixinha apenas lendo relatórios de pesquisa, tem que ir pra rua, para todas as ruas.

O problema é que os planejadores de hoje, com ótimos salários, são muito nobres, é só perguntar para a maioria deles: Tá a fim de tomar um pingado e comer um pãozinho na chapa? O que você acha de comer um PF lá em Itaquera enquanto você observa o movimento e escuta as pessoas falando, enquanto alguém te pede emprestado o molho de pimenta? Não dá né, aquele cheiro de gordura pode impregnar a roupa chick, a toalha surrada de plástico sobre a mesa pode sujar a manga do Armani e o carro parado na porta pode chamar muita atenção.

Enquanto isso os planejamentos saem meio assim, com meia visão do que seja na verdade a vida das massas que povoam uma metrópole como São Paulo ou um país como o Brasil.

Já perdi a conta de quantas tardes passei em botecos da periferia observando pessoas, quantos mercadinhos, quantas padarias, quantos pontos de ônibus; puxando papo, perguntando, observando. Para planejar, não podemos esquecer de que a verdade está lá fora.